sábado, 14 de maio de 2016

Boas Notícias 

Um mundo em crescimento

 Melhor especialista forense do mundo é português

Quinta-feira, 12 de Junho de 2014
Especialista forense Duarte Nuno Vieira (à direita) durante uma missão no Mali © UCoimbra
 
Duarte Nuno Vieira, especialista da Universidade de Coimbra, acaba de ser distinguido com o mais prestigiado prémio mundial das Ciências Forenses - o Prémio Douglas Lucas Medal, atribuído pela Academia Americana de Ciências Forenses.
 
Criado em 1999, o Prémio Douglas Lucas Medal é atribuído apenas de três em três anos a um especialista forense que se tenha destacado particularmente pela contribuição dada para o desenvolvimento das ciências forenses a nível internacional. 
 
Na atribuição do prémio a Duarte Nuno Vieira, o júri, que deliberou por unanimidade, sublinhou "o valioso trabalho desenvolvido pelo galardoado em diversos domínios das ciências forenses, e muito particularmente no âmbito da Patologia e Clínica Forenses, especialmente na defesa dos Direitos Humanos, bem como na organização de serviços médico-legais e forenses em vários países do mundo, e o forte impacto que o trabalho que concretizou até hoje teve na comunidade forense internacional".
 
Em comunicado enviado ao Boas Notícias, o docente da UC revela que foi com "enorme surpresa e profunda emoção" que recebeu a notícia de ter sido distinguido "por um júri constituído pelos mais reputados e reconhecidos cientistas forenses internacionais".

Missão "complexa" e "dolorosa"
 
"Considero que o mérito não é apenas meu, mas também dos que me acompanharam, e continuam a acompanhar, nesta missão complexa e, em certos contextos, dolorosa. Uma missão que se destina a ajudar aqueles que arrastam consigo os traumas de uma existência marcada pelo infortúnio e pelo sofrimento, por vezes com o cheiro da morte colado ao corpo", acrescenta o especialista.

"Dedico-o a eles e a todos os peritos médico-legais que, às vezes em condições muito difíceis, dão diariamente o melhor que sabem e podem para ajudarem a sociedade e a justiça, não desistindo deste mundo que nos coube. Dedico-o sobretudo à minha família que tem sido elemento incondicional de apoio e compreensão e que tem constituído porto seguro de abrigo", realça ainda Duarte Nuno Vieira.

O britânico Alec Jeffreys (que descobriu a utilização do ADN para fins forenses), o norte-americano Clyde Snow (pai da antropologia forense e da sua aplicação no âmbito dos direitos humanos), ou o suíço Margot (considerado por muitos como a maior autoridade mundial no domínio da criminologia) estão entre os galardoados em edições anteriores.
 
Esta distinção, a mais alta que se pode receber no domínio das ciências forenses, vai ser entregue durante o 20th World Meeting of the International Association of Forensic Sciences (IAFS), que decorrerá em Seoul, na Coreia do Sul, no próximo mês de outubro.
 
Um especialista que corre o mundo

Duarte Nuno Vieira já publicou mais de 200 artigos em revistas científicas, é editor ou coeditor de 8 livros e autor de mais de 40 capítulos em livros diversos e apresentou, como autor ou coautor, mais de 1.000 trabalhos em reuniões científicas.

Proferiu como conferencista convidado mais de 300 conferências fora de Portugal, em países europeus, asiáticos, africanos, do médico-oriente, australásia, e de todo o continente americano. Faz parte do conselho editorial das principais revistas internacionais no âmbito da Medicina Legal e ciências Forenses, bem como de revistas nacionais de múltiplos países (Espanha, Índia, Roménia, Polónia, Peru, Brasil, Egito, Turquia, China, Irão, Itália, Irlanda, entre outros).
 
Na qualidade de especialista forense tem integrado múltiplas missões internacionais realizadas em países da Europa, América Latina, Médio-Oriente, África, Australásia e Ásia, sobretudo no âmbito dos direitos humanos, sob os auspícios de organizações como a ONU, a Cruz Vermelha Internacional, a Comissão Europeia ou a Amnistia Internacional.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A MINA DO SNS

Tenho para mim, que a maior descoberta que se fez depois da Abrilada, foi o Serviço Nacional de Saúde. Da minha opinião, é a maioria da gente ligada àquele serviço e, vejam lá, até os partidos ditos de esquerda e os sindicatos. É obra!
Como outros serviços do Estado, o SNS é um alforbe de empregos e uma mina para quem tem dois olhinhos na cara, mas a todos ultrapassa no que diz respeito a dinheirinho a jeito. Não é por acaso que na minha família, quase tudo o que é juventude queira tirar cursos que têm a ver com a dita “saúde”.
Há, no entanto e por vezes, por aí alguns mequinhos, que tentam acabar com status quo existente. Felizmente que são os próprios esquerduchos a dar a cara contra tais pretensões de mudança.
Isso tem permitido a tudo quanto é médico ganhar a diversos carrinhos (o que até é vulgar em qualquer profissão ligada ao funcionamento do Estado e os médicos são tão mal pagos, coitados), e, por outro lado, não tem deixado que a ralé se junte nos tratamentos, com a gente bem, para nosso descanso. Porém, o mais importante é, de facto, o benefício que o SNS tem trazido aos médicos, tanto aos generalistas como aos especialistas. Se não fosse o SNS que existe, poucos médicos haveria em Portugal, pois esta profissão não teria qualquer motivo de interesse para os nossos jovens estudantes.
Vejam só esta: Um sobrinhito meu, médico cagado há dois dias, faz um biscate num centro de saúde, dá umas consultas num hospital, outras em duas clínicas privadas e ainda tem o seu consultoriozito! E olhem: não passa recibos e ainda recebe do IRS!
Ai se eu fosse estudante...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

"Desabafos"


Ultimamente, tenho andado um pouco inseguro.

Nem é bem pelo facto de temer que me gamem o pouco que tenho (e nós temos sempre menos do que desejaríamos), mas por outros motivos.

É claro que em público, não tenho coragem para as divulgar, mas aqui, que ninguém nos ouve e estou entre amigos, posso revelar que, entre outras coisas, o que verdadeiramente temo, é que um dia destes me obriguem mesmo a trabalhar, a produzir outra coisa que não seja sacar o meu, porque só isto aprendi a fazer.

Só de pensar em tal coisa, fico com os cabelos em pé e agressivo.

É por estas e por outras que depois as coisas acontecem e não se admirem se, outros como eu se reunirem em grupo e desatarem a desabafar naqueles em quem se pode; no fundo não são bem eles que mereceriam estes desabafos, mas que querem: são os que estão mais à mão de semear...

Afinal, o desabafo até é um escape para as tensões que percorrem a nossa sociedade. Além disso o povinho tem as costas largas e aguenta bem tais desabafos.

E, diga lá caro leitor se nunca lhe apeteceu dar um desabafo em alguém?

terça-feira, 6 de outubro de 2009

AS “BAIXAS” EM ALTA

Os nossos governantes muito se preocupam com as “baixas” por doença. Para eles, fica em casa gente demais com maleita, o que faz baixar a produtividade e causa rombos na segurança social.

Por mim, acho que se deve fazer aqui uma destrinça, a saber: quem produz, não deve poder adoecer por dá cá aquela palha; quem distribui ou presta serviço, esse deve poder continuar a adoecer à vontade, que daí não vem algum mal ao mundo, pois não interfere com a produção. Por outro lado, é preferível que o dinheiro da SS fique, ou entre, nos nossos bolsos, a que seja o nosso dinheirinho a entrar na SS.

Aliás, acho muito mal que os patrões tenham que descontar nos ordenados dos empregados para a SS. Só a estes (empregados), deveria competir descontar. Assim, ganham menos os empregados e disso não lucram nada os patrões. Por isso, não é de admirar que muitos não façam os descontos e não me parece que haja motivos coerentes para os condenar. Além do mais, o dinheirinho que cai na SS tem muitas vezes outros destinos que não o de pagar assistência médica e reformas.

Quanto às “baixas” em demasia, tal só confirma que o português trabalhador de facto, é relapso e deita mão de todas as artimanhas para gazetar.

sábado, 20 de junho de 2009

ABORTAR OU INCUBAR?

Um assunto que mata praticamente todos os outros, estou certo que é o aborto.
Mal ou bem, toda a gente bota dele faladura. (Medite-se no que acontece quando o futebol deixa vaga a mente do povo...).
Pois cá em casa, o tema é também duramente discutido. Se é que lhes interessa minimamente a minha opinião, quero dizer-lhes que sou pelo castigo duro das mulheres que sejam apanhadas em flagrante. Já agora louvem-se todas aquelas que fazem as coisas sem escândalo. A imagem é algo que se deve defender a todo o custo se queremos ter uma sociedade digna e bem aparentada.
A minha cara-metade não está nada de acordo comigo. É o que faz dizer-se que estamos em democracia. Depois, queixem-se de que a família já não é o que era. Mas ainda não chegámos à igualdade!
Na família e na igreja não pode haver democracia. Porém, com a situação a que chegámos, somos forçados a ouvir a opinião das mulheres... e até dos filhos! Com o descaramento típico do sexo fraco, quando se lhe dá corda atirou-me ela a dado passo da discussão sob o tema: os homens só sabem fazer os filhos; o resto fica para as mulheres. Como não concordei, mandou-me um gancho que me pôs dormente e rematou: se abortar merece prisão, talvez seja a hora de eu fechar a incubadora!
Caí de cu.

domingo, 31 de maio de 2009

AI O CANUDO !



Há dias, não pude conter a minha indignação quando o tribunal desculpou dois fulanos que se intitularam, falsamente, médico e professor. Não têm desculpa! Ofenderam o direito sagrado ao canudo!

Dizem que eram pessoas dedicadas, aplicadas e, vejam lá, até competentes!

Fiquei revoltado com tanta desfaçatez. A ser assim, via-se logo que não poderiam ser verdadeiros médicos ou professores!

Aposto que nesta hora, a grande maioria destes profissionais se deve sentir também revoltada com a afronta.

É por estas e por outras que a saúde e a educação em Portugal andam pelas ruas da amargura. Se todos tivessem canudo, como seria diferente!...

Agora até já percebo por que tanta gente se queixa de alguns médicos do Centro de Saúde da minha terra, que, ao que dizem, fariam inveja às peixeiras do Mercado do Bolhão e daquela professora que só conhece o toque de saída na sua escola.

Será que têm canudo? Era preciso averiguar...

É que só quem tem canudo pode ver ao longe!

sábado, 23 de maio de 2009

Dizia-me há dias um emigrante de “vacanças” que a nossa pátria é aquela que nos dá trabalho e possibilidades de viver decentemente. Dizia ainda que só vinha à terra onde nascera, para aproveitar o sol, a praia e visitar alguns familiares e amigos. A sua verdadeira pátria, era aquela que lhe dera o pão e permitira criar a família - a França; a terra que o vira nascer – Portugal – fora-lhe madrasta e ele já não a considerava como sua pátria.

Se calhar este homem tem razão, mas não tinha necessidade de falar assim. Mas o seu exemplo serve para explicar o que acontece na sociedade portuguesa. E o que sucede, é que o patriotismo aumenta à medida em que se sobe nas camadas sociais, isto é quanto mais somos ricos, mais patriotas nos tornamos.

Os verdadeiros portugueses foram e são as pessoas com estatuto. Os outros, só atrapalham e estragam as estatísticas; só têm utilidade quando servem para defender os nossos interesses na hora da traulitada.

Em resumo: se querem encontrar bons patriotas, eles estão nas camadas mais altas da sociedade.

Quanto aos traidores, também os há. Dão-se ares de pensadores e de defensores dos interesses do povo. Não conseguem ser alguém na vida.

Cá por mim, penso que quanto mais amealhar, mais amarei a minha pátria.